Prefeitos da PB defendem mandato de cinco anos
Gestores paraibanos sugerem que a reforma política acabe com a reeleição para cargos no Executivo
Prefeitos
paraibanos são a favor da reforma política. Vinte e três deles defendem
o fim da reeleição para cargos do Executivo, o aumento do tempo de
mandato para 5 ou 6 anos, e a unificação das eleições para diminuir os
custos do processo eleitoral.
Para o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB), a reforma política é necessária, mas não é prioridade. “Antes, deve ser feita uma reforma tributária, porque a União concentra as riquezas em detrimento dos municípios. Mas como a reforma política está em pauta, sou favorável e diria que os itens dela precisam ser aprofundados”, disse.
Romero Rodrigues acredita que a reeleição para o Executivo precisa ser revista, assim como o aumento do tempo de mandato e a unificação das eleições. “A coincidência de mandatos seria mais econômico para o Brasil. O processo eleitoral traz grandes despesas. Esses recursos poderiam ser investidos em favor da população brasileira”.
O prefeito acha que o plebiscito proposto pela presidente Dilma Rousseff para consultar a população sobre a reforma é um gasto desnecessário. “Se falamos em reduzir gastos e unificar os mandatos para evitar uma eleição a cada dois anos, não há razão para fazer plebiscito. Essa questão pode ser resolvida pelo próprio Congresso. Os deputados e senadores estão lá para nos representar”.
Segundo ele, é preciso saber se o povo está apto a tomar uma decisão como a reforma política. “Acho que nem todo mundo terá discernimento para saber o que é voto distrital, distrital misto e simples, por exemplo”.
Questionado sobre o voto proporcional, distrital ou distrital misto, afirmou: “Só o distrital não poderia ser, porque nem todo local tem distrito. Uma regra precisa ser aplicada em um todo. João Pessoa, por exemplo, é uma cidade que não tem distrito. Por isso, acho que não é uma decisão simples”.
O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PT), disse que o grande desafio é elaborar uma regra eleitoral que seja permanente. “Esse debate já vem sendo feito no Congresso Nacional há bastante tempo. Mas de forma objetiva não percebemos uma lei que possa concretizá-la”.
Luciano Cartaxo se posicionou favoravelmente ao financiamento público de campanha. “Acho que isso resolveria boa parte dos problemas que acontecem durante a campanha eleitoral. É preciso inibir também o chamado caixa 2”.
Ele afirmou: “Acredito que seria interessante se pudéssemos ter um mandato um pouco mais elástico e que coincidisse com as eleições para vereador, deputados, senador, governador, presidente e prefeito. Ou seja, fazendo uma eleição geral no País”.
Fonte: ortal Correio
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