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Cai a confiança dos brasileiros nas instituições
Índice de Confiança Social, realizado anualmente, mostra que todas as instituições foram afetadas
A confiança dos brasileiros nas instituições em geral e nos grupos
sociais cai 7 pontos em relação ao ano passado, de acordo com o Índice
de Confiança Social (ICS), medido pelo IBOPE Inteligência, refletindo o
atual momento de protestos e críticas que ocorrem pelo país.
As 18 instituições avaliadas no ICS buscam representar diferentes
setores da sociedade brasileira, tanto das esferas pública e privada,
como da sociedade civil, e os resultados deste ano revelam queda na
confiança em relação a todas elas. A perda mais relevante ocorre na
confiança na Presidente da República, que passa de 63 para 42 pontos (em
uma escala que vai de 0 a 100) em relação a 2012. O Governo Federal
também registra queda expressiva, indo de 53 para 41. “Mesmo com esta
queda significativa, a Presidência da República fica em 11º lugar no
ranking, com resultado melhor do que o Congresso Nacional e os Partidos
Políticos que continuam ocupando as últimas posições.”explica Márcia
Cavallari, CEO do IBOPE Inteligência. “O ICS é um termômetro social que
reflete o clima atual do país.”
Os bombeiros, que tradicionalmente ocupam o topo do ranking,
continuam em primeiro lugar, mas seu índice também diminui: de 83 para
77 pontos. O sistema público de saúde, por sua vez, registra queda de 10
pontos e passa de 42 para 32.
ICS 2013 – Instituições
Confiança nas instituições – 0 a 100
O ICS mede ainda a confiança dos brasileiros nas pessoas e
grupos sociais e, mesmo nesses casos, o estudo mostra que a confiança
também cai. As pessoas da família encabeçam a lista com uma média de 90
pontos, praticamente idêntica aos 91 do ano anterior. A confiança nos
vizinhos, por sua vez, diminui em 4 pontos, enquanto nos amigos e nos
brasileiros em geral, a redução é de 3 pontos para cada um.
Metodologia
O Índice de Confiança Social ouviu 2.002 pessoas com mais de 16
anos em 140 municípios. A pesquisa foi realizada entre 11 e 15 de julho.
O levantamento considera duas dimensões: a pessoal, dos indivíduos
mais próximos do convívio do cidadão, e a das instituições e
organizações sociais. A partir desses dois índices, é calculado um único
índice de confiança social.
A composição do índice é feita utilizando-se uma escala de quatro
pontos, em que é possível medir muita confiança, alguma confiança, quase
nenhuma confiança e nenhuma confiança. No fim, todas as pontuações
atribuídas são somadas e divididas pelo número de entrevistados,
resultando no índice geral. A pontuação é padronizada em uma escala de
zero a 100 para que seja possível fazer comparações, mesmo incluindo ou
retirando instituições do estudo.
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