Reunião foi adiada para as 17h30 e coordenação do movimento será recebida pelo governador Ricardo Coutinho
Integrantes do movimento deixaram a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na Paraíba por volta das 15h e seguiram em marcha pela Avenida Epitácio Pessoa até a Praça dos Três Poderes. Durante a caminhada, várias vias importantes da Capital ficaram congestionadas e a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob) foi acionada para reorganizar o trânsito.
A negociação que permitiu o agendamento da reunião ocorreu na última segunda-feira (21), depois que eles fecharam o Centro Administrativo Estadual por cerca de sete horas e entraram em confronto com a Polícia Militar. A secretária de comunicação, Estela Bezerra, mediou as negociações que puseram fim à manifestação no Centro e deixou agendada a reunião com o governador para esta quinta-feira.
Além da reunião com Ricardo, o MST reivindica ainda desapropriação de terras, reforma agrária, infraestrutura para os assentamentos, construção de escolas, barragens, implantação de farmácias vivas, parcerias para viabilização de negócios agrícolas e medicina da família.
O grupo também pretende discutir sobre a forma de atuação da Polícia Militar durante o protesto no Centro Administrativo. Segundo os líderes do Movimento, houve truculência por parte dos PM's.
No dia da manifestação, o coronel da Polícia Militar Euler Chaves esteve no local com várias equipes e afirmou que três PM's ficaram feridos com pauladas e pedradas. Ele disse ainda que cuidou da segurança dos servidores que não conseguiam sair do prédio, bem como negociou com os manifestantes para por fim ao protesto. "Houve divergências entre os líderes, eles mesmos não entravam em acordo e isso agravou a situação", relatou Chaves.
Servidores revelaram que ficaram presos porque foram impedidos de sair do prédio, já que os manifestantes bloquearam as passagens do local. Alguns permaneceram trancados nas secretarias e fizeram apelo para serem liberados. "Havia mulheres e grávidas, pessoas passando mal, que não almoçaram. Sempre estivemos dispostos a conversar, mas também precisávamos de ajuda", pedia a professora Tieta Lucena. A servidora Solange Medeiros, que trabalha na Secretaria de Agricultura, disse ao Portal Correio que tem problemas cardíacos e esteve presa no local, precisando de ajuda médica.
Segundo uma das líderes do MST na Paraíba, Maika Zanpier, “a mobilização continua e será permanente até que Ricardo Coutinho receba a comissão e atenda as reivindicações dos camponeses e camponesas”.
Portal Correio
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