» » Apesar de optar pelo silêncio na Paraíba, Cássio mantém articulações cada vez mais intensas nos bastidores


Apesar do silêncio sobre 2014, paraibano é tido por PSDB e PSB como o maior articulador do país

Há um quase silêncio do senador Cássio Cunha Lima que diz muito no imbróglio entre o PSDB e o PSB, no Brasil e na Paraíba.

Sempre cauteloso, se mantém, nos últimos dias, estrategicamente a frente de todos os fatos que envolvem as negociações entre os tucanos e os socialistas no Brasil inteiro.

Quando localizado pelos jornalistas, diz alguma coisa sobre o cenário nacional e quase nada acerca da confusão na Paraíba. Uma postura que não condiz com seu perfil atuante e sua permanente disposição para buscar saídas diante de todo problema que lhe seja apresentado.

O comportamento de dos tucanos serve como uma espécie de denúncia do sentimento interno de que, como o senador Cícero Lucena declarou recentemente: “o cristal quebrou”. O problema, para Cássio e Ricardo, é que o tempo está curto e a ressaca precisará ser muito rápida, no caso de rompimento, porque a campanha eleitoral bate à porta.

Apesar da atual relação fria com o governador Ricardo Coutinho, Cássio ainda é considerado pela cúpula do PSB nacional como o melhor interlocutor dos tucanos para evitar mais cismas entre Aécio Neves e Eduardo Campos, após alguns fatos novos como a filiação da ex-senadora Marina Silva no PSB e a tentativa do pernambucano de “seduzir” o PSDB de São Paulo, oferecendo a legenda para ajudar na reeleição do governador Geraldo Alckmin e no fortalecimento do ex-governador José Serra para forçar as prévias tucanas no plano nacional.

Aos poucos, o paraibano vai tomando as rédeas do PSDB nacional, como principal mentor e executor do projeto Aécio 2014. O lance mais importante dos últimos dias de movimentação política foi à série de encontros dele com lideranças nacionais como Eduardo Campos, Geraldo Alckmin e Fernando Henrique Cardoso.

Sua agenda também abre espaço, para de vez em quando, manter reuniões com o senador Vital do Rêgo Filho, o qual já revelou que “não tem portas fechadas com o tucano”. O suficiente para dar a entender que o diálogo não está interrompido e a chance de fazer um acordo com o PMDB é real. Porém, muito ainda precisará acontecer para que se chegue à conclusão de que cabem os dois partidos no mesmo palanque na Paraíba, devido ao passado de conflitos.

Avalia-se, no PSDB da Paraíba, que Cássio age de maneira mais correta quando tece críticas ao governo Ricardo Coutinho ao apontar as razões da frustração que tensiona a relação com os socialistas na Paraíba. Por enquanto, Cássio avança apenas no debate sobre os problemas da gestão Ricardo Coutinho, como a insegurança pública, mas evita qualquer posicionamento antecipado, adiantando que é sua intenção tratar de maneira aberta os pontos negativos da gestão do PSB no poder, que não conseguiram responder satisfatoriamente as expectativas da Paraíba.

Por enquanto, Cássio evita falar. Mas articula, articula, articula... não é Ronaldinho?



Ytalo Kubitschek

PB Agora

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