Sorteado
para substituir Joaquim Barbosa na relatoria da nova fase do
julgamento, ministro Luiz Fux condenou na primeira etapa cúpula do PT
por formação de quadrilha
Dida Sampaio/Estadão
"Sorteado como relator, ministro Fux foi contra a admissão dos embargos infringentes no STF"
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Ao longo do julgamento, Fux se alinhou a Barbosa, relator da ação principal, em temas como o que discutiu se houve ou não o crime de formação de quadrilha durante a execução do esquema de compra de votos de parlamentares, ocorrido no governo do ex-presidente Lula.
Em outubro do ano passado, o ministro apresentou voto condenando por esse crime a cúpula do PT que agora terá direito aos chamados embargos infringentes para discutir exatamente se houve ou não a formação de quadrilha. Entre os petistas que já foram condenados por Fux e que terão o direito a uma nova análise do processo estão o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares.
Na sessão do ano passado, Fux reconheceu a quadrilha, considerando que houve "um projeto delinquencial". "Foi o que aconteceu. Os núcleos se uniram para dar vazão que foi a concepção de todos os delitos que o plenário do Supremo identificou", disse na ocasião. O posicionamento dele no julgamento foi considerado uma espécie de traição por parte de integrantes do PT, uma vez que Fux chegou a recorrer ao próprio José Dirceu para conseguir ter o nome indicado pela presidente Dilma Rousseff para ingressar na Suprema Corte.
Durante o processo de escolha do novo ministro, ele também teria se encontrado para pedir apoio à sua candidatura com o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP). O petista também está entre os réus que terão um novo julgamento, mas no caso dele será analisado o crime lavagem de dinheiro.
A confirmação da indicação de Fux por Dilma para o STF ocorreu em fevereiro de 2011, quando ele ocupou a vaga deixada pelo ministro Eros Grau. (Erich Decat e Ricardo Brito)
Estadão
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