Os pontos acordados pelos dois presidenciáveis representam uma espécie de protocolo de não agressão nesse momento de pré-campanha, e miram o PT e a presidente Dilma Rousseff, cuja base o PSB de Campos integra.
Cid Gomes reage a encontro entre Aécio e Eduardo Campos, presidente de seu partido
O primeiro ponto acertado é que PSDB e PSB, partidos que ambos presidem, votarão contra a minirreforma eleitoral em tramitação no Senado, que visa encurtar a campanha de 2014 e reduzir a propaganda política.
Campos e Aécio entendem que a proposta, elaborada pelo peemedebista Romero Jucá (PMDB-RR), tem como propósito impedir que candidatos pouco conhecidos sejam apresentados aos eleitores.
O segundo ponto do pacto selado pelos pré-candidatos é que eles vão procurar explicitar ''sintonia nas teses de defesa do Estado e da democracia'', segundo o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), presente ao encontro.
Ambos deram aval à decisão do diplomata Eduardo Saboia de trazer ao Brasil o senador boliviano Roger Molina. Não foi combinado, garantem, mas a ideia é repetir esse tipo de posicionamento.
Na breve entrevista que concedeu após o jantar, Campos ressaltou essa ''convergência'' na defesa dos preceitos democráticos. "Não podemos fragilizar esses valores republicanos só porque tem o ano eleitoral'', disse.
O terceiro ponto de acordo foi que ambos farão publicamente a defesa do equilíbrio fiscal por parte da União.
Folha
O quarto pacto é de compromisso com o contraditório e o ''amplo debate'' de ideias. Trata-se de um recado direto a Dilma, a quem o governador de Pernambuco tem criticado por, segundo ele, ser pouco afeita ao diálogo.
Por fim, Campos e Aécio fizeram um balanço das sucessões nos Estados e enumeraram aqueles em que será possível unir PSDB e PSB e formar ''palanque duplo''.
Os casos com negociações mais avançadas são São Paulo e Paraná, mas há também tratativas em curso em Minas Gerais, Paraíba e Piauí.
Editoria de Arte/Editoria de Arte/Folhapress
PBAgora
Nenhum comentário: