Operação prende 25 suspeitos de comandar tráfico na PB; detento do Paraná era o chefe
A Operação Scarface, realizada na manhã
desta sexta-feira (16), prendeu 25 pessoas suspeitas de comandar o
tráfico de drogas na Grande João Pessoa, sendo que cinco pessoas
continuam foragidas.
Presos são suspeitos de tráfico interestadual de drogas, homicídios e associação para o tráfico
(Foto: Jorge Machado/G1)
(Foto: Jorge Machado/G1)
As investigações apontam que os principais
chefes estão presos em presídios federais, a exemplo da Penitenciária de
Catanduvas, no Paraná, onde um dos detentos comandava o tráfico de
drogas na Paraíba através de informações repassadas pela mulher dele a
criminosos no estado. Wallber Virgolino ressaltou que, mesmo alguns
integrantes tendo um grau de instrução escolar elevada, a exemplo do
vereador Arnóbio Gomes, o líder era o que detinha mais poder para
articular e desenvolver ações violentas, objetivando tomar territórios e
o fortalecer o tráfico de drogas no estado. Na Operação Scarface,
deflagrada na manhã de hoje, foram cumpridos 25 dos 30 mandados de busca
e apreensão expedidos pela Vara de Entorpecentes de João Pessoa.
Os presos na manhã desta sexta-feira foram
levados para o Complexo Penitenciário Romeu Abrantes, o PB 1 e PB 2. Já
os detentos que receberam o cumprimento dos mandados de prisão foram
transferidos, segundo o secretário da Administração Penitenciária
Wallber Virgolino.
Um dos locais considerados críticos pelo
secretário é o Presídio Sílvio Porto, por conta da destruição de alguns
pavilhões durante rebeliões. “Os presos têm contato permanente e não há
como fiscalizar o que eles conversam entre si. Por isso que, além dos
mandados de prisão, pedimos também a transferência deles para dar mais
segurança ao sistema penitenciário e desarticular o grupo”, afirmou.
Mesmo
evitando falar na existência de facções ou crime organizado na Paraíba, o
secretário descreveu a articulação dos criminosos dentro e fora das
unidades prisionais como “bem estruturada” e com funções “bastante
definidas”.
“Alguns exerciam função de gerente
financeiro do tráfico, faziam toda a contabilidade do sistema criminoso.
Já outros atuavam de maneira mais localizada, como gerente de bocas de
fumo, pessoas responsáveis pelo faturamento de cada boca. Mas também
havia quem exercesse funções menos relevantes, como os aviões,
informantes”, afirmou.
A Polícia Civil considera a prisão do
vereador Arnóbio Gomes como estratégica para desmantelar o grupo de
criminosos. “As investigações indicam que o vereador não tem uma função
de liderança dentro do grupo. No entanto, a prisão foi fundamental para
desarticularmos esse grupo. Como já foi divulgado, a função do vereador
era repassar informações privilegiadas de ações policiais a criminosos e
atuar na venda de armas para o grupo”, afirmou o delegado Allan Murilo
Terruel, titular da DRE.
Fonte : G1PB via Portal Arara
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