Depois do Telexfree, Polícia investiga denúncias contra o 'marketing multinível' na Paraíba; BBom e Priples estão na lista;
Depois da ação
da Justiça, que bloqueou todas as negociações da empresa Telexfree no
país, a Polícia de Pernambuco investiga empresas de marketing
multinível, que atuam com a promessa de dinheiro fácil e já estariam
agindo na Paraíba. O alvo das investigações agora a Priples, com
endereço em Jabotão de Guararapes (na região metropolitana de Recife).
As acusações contra essa empresa é de fraude à economia popular. Já são
14 queixas de pessoas que se sentiram lesadas após ingressarem no
negócio.
Segundo
levantamento do Indicador Serasa Experian, no país, à cada 15,6
segundos, um consumidor brasileiro é vítima da tentativa de fraude .
Além desses negócios pela Internet, o Serasa Experian também aponta como
campeão das denúncias o roubo de identidade, em que dados pessoais são
usados por criminosos para obter crédito com a intenção de não honrar os
pagamentos ou fazer um negócio sob falsidade ideológica.
No Brasil,
entre janeiro e maio deste ano, o Indicador Serasa Experian 837.641
tentativas de fraudes. No mesmo período no ano passado, houve 818.629
registros e, em 2011, 798.348 entre janeiro e maio.
Em João Pessoa,
a empresa BBom é citada como uma das que opera em João Pessoa de forma
semelhante ao da Telexfree e da Priples. O representante da BBom na
Capital paraibana, César Brandão, negou que se trate de uma pirâmide
financeira. "A BBom está no mercado há 17 anos e oferece produtos e
serviços concretos. Não temos nenhum tipo de postagens por internet e
trabalhamos com seriedade e compromisso. A marca opera em todo o Brasil
através de franquias", garantiu.
O delegado
pernambucano Carlos Couto, em entrevista exclusiva ao programa Correio
Debate, da 98 FM, explica que a Priples alega ser uma empresa que
promete vendas através de publicidade digital. Porém, sustenta que os
primeiros indícios são de que o negócio funciona com a promessa de
dinheiro fácil, com ganhos vindos através de postagens simples e rápidas
na internet, além de induzir ao recrutamento de cada vez mais pessoas, o
que caracterizaria a pirâmide financeira.
"O Priples
promete lucro de 60% sobre o investimento inicial, no primeiro mês de
atividades do participante. Com isso, há aqueles que se desfazem de bens
e investem altos valores financeiros com a intenção de receber cada
vez mais dinheiro, através da postagens online. Porém, se for
caracterizada a pirâmide, é preciso entender que o ingresso de um número
alto de pessoas, através dos recrutamentos, vai saturar o negócio e
trazer prejuízos para todos os envolvidos", diz o delegado.
Entre as
principais queixas, Couto revela que as vítimas alegam não terem
recebido os pagamentos ou perceberam que o cadastro de participação nas
atividades da Priples não foi ativado.
Foto: Priples propõe que participante poste perguntas na internet
Fonte: Blog Márcio Ragel
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