» » Cehap denuncia crime de apropriação e venda de terras federais e estaduais na Paraíba


Em menos de 15 dias, cerca de 35 hectares de terras pertencentes à Embrapa e à Cehap, foram tomadas de forma indevida
Condomínio popular em João Pessoa
Condomínio popular em João Pessoa
A posse e venda indevida de terras federais e estaduais tem se tornado um crime recorrente na Paraíba. A presidente da Companhia Estadual de Habitação (Cehap), Emília Correia de Lima, denunciou nesta terça-feira (08), que, em menos de 15 dias, cerca de 35 hectares de terras pertencentes à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e à Cehap, foram tomadas de forma indevida.
Emília Correia de Lima explica que o grupo que tem feito a apropriação criminosa dessas áreas está colocando para morar no local, pessoas que “aparentemente precisam” e em seguida os terrenos são vendidos. Segundo elas, muitos desses terrenos são de preservação ambiental e estão sendo desmatados.
“Há uma organização de grilagem nessas terras colocando pessoas que aparentemente precisam dessas casas na frente. Isso vem sendo um fenômeno de uma velocidade incrível. As matas de proteção ambiental aqui de João Pessoa, em um espaço de 15 dias, 35 hectares já foram desmatados e isso em cima de grilagem. Eles entram sem documentos, chegam, pegam as terras e depois vendem para outros”, relatou.
A presidente da Cehap ainda alerta para outro crime que está acontecendo. Em João Pessoa, pessoas têm invadido casas construída pelo Governo Estadual e expulsado os donos das residências. Esse é o caso que aconteceu com alguns mutuários de imóveis financiados por programas da Cehap, localizados no bairro Colinas do Sul, na Zona Sul da Capital.
Moradores denunciaram que vêm sendo ameaçados constantemente por pessoas que, segundos eles, são criminosas. Os proprietários saem para trabalhar e temem perder casas e apartamentos, que estariam sendo invadidos por pessoas que aproveitam essa ausência nos imóveis. Segundo relato de alguns desses moradores, os invasores se apossam das residências populares sempre que as encontram vazias.
Segundo Emília, também existem os beneficiados pelos programa que estão vendendo ou alugando os imóveis, o que é proibido. “Já é de conhecimentos de todos, o crime de organização para invadir casas, mas por outro lado, há pessoas que receberam as casas como se não tivessem condições e estão vendendo as residências. São dois lados da mesma moeda contra o patrimônio e dinheiro público”, afirmou.
Para impedir a continuidade desses crimes e punir as pessoas que estão à frente do esquema, a presidente da Cehap irá se reunir nesta quinta-feira (10) com o procurador do Ministério Público da Paraíba (MPPB), Gilberto Carneiro e com Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), Laura Farias.
“Queremos fazer uma força tarefa para que se pare e comece a punir as pessoas que estão à frente desta organização. Já entramos na Justiça, mas a Justiça é demorada”, disse.
Portal Correio

Postador Administrador

Atualizando.
«
Proxima
Postagem mais recente
»
Anterior
Postagem mais antiga

Nenhum comentário:

Deixe uma resposta