Dos
47 selecionados, cinco não apareceram em seus locais de trabalho e
outros cinco desistiram na primeira semana. Treze estrangeiros chegam
neste sábado e começam a atuar no dia 23
Desde o dia 2 de setembro até esta sexta-feira (13), dez dos 47 médicos brasileiros selecionados pelo programa do Governo Federal ‘Mais Médicos’ para trabalhar na Paraíba abandonaram seus postos de trabalho, o que equivale a 21,28% do total. Desses, cinco profissionais nem sequer se apresentaram nos municípios para trabalhar e os outros cinco desistiram da função na primeira semana. O balanço foi feito com base nas informações prestadas pelo o Núcleo de Atenção Básica da Secretaria de Saúde do Estado.
Com a desistência, nove cidades paraibanas ficaram sem médicos do programa. Foram elas: Areia (dois), Alagoinha, Cacimba de Dentro, Cajazeirinhas, Catingueira, Conde, Cubati, Ingá e Pocinhos (um, cada).
Os 37 médicos que assumiram o posto estão distribuídos em 17 cidades, sendo 20 em João Pessoa (capital do Estado), dois em Bayeux e um para as demais 18 cidades, que são: Bananeiras, Barra de Santana, Belém do Brejo do Cruz, Caaporã, Caturité, Cruz do Espírito Santo, Itapororoca, Juripiringa, Lucena, Nova Floresta, São Miguel de Taipu, Serra Redonda, Solânea, Tavares, e Vieirópolis.
Na segunda-feira (16), os médicos iniciam a semana de acolhimento na capital do Estado, que ocorrerá no Centro de Treinamento da Polícia Militar, no bairro de Mangabeira, zona sul da cidade.
Durante a semana de capacitação, diariamente, eles conhecerão a situação da saúde do estado, o Plano Estadual de Saúde, a regionalização das ações e serviços da saúde e o perfil epidemiológico da Paraíba, além das características da população da região.
Após essa semana, os profissionais seguem para os municípios a que foram designados, a partir do dia 22.
Os municípios de Aguiar, Baraúna, Damião, Gado Bravo, Pedra Lavrada, Picuí, Santana de Mangueira, Serra Grande e Taperoá receberão os médicos cubanos. Já as cidades de Água Branca e Baía da Traição receberão os espanhóis; e, Areia e Cacimba de Dentro receberão os médicos uruguaio e o brasileiro formado na Europa.
O profissional selecionado pelo programa deve cumprir 40 horas semanais de trabalho. A bolsa paga, tanto para os brasileiros quanto para os estrangeiros, é no valor de R$ 10 mil. Os municípios se responsabilizam pelas despesas com moradia e alimentação dos médicos.
Programa Mais Médicos
Lançado pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, no dia 8 de julho, o Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, com objetivo de acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país.
A segunda seleção foi aberta dia 19 de agosto para adesão de novos municípios e médicos brasileiros e estrangeiros, que puderam se cadastrar até o dia 30 de agosto. Os profissionais selecionados nesta etapa iniciarão as atividades ainda na primeira quinzena de outubro.
O Governo Federal está investindo, até 2014, R$ 15 bilhões na expansão e na melhoria da rede pública de saúde de todo o Brasil. Deste montante, R$ 7,4 bilhões já estão contratados para construção de 818 hospitais, 601 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) e de 16 mil unidades básicas. Outros R$ 5,5 bilhões serão usados na construção, reforma e ampliação desses estabelecimentos e saúde, além de R$ 2 bilhões para 14 hospitais universitários.
Balanço no país
Segundo o Ministério da Saúde, apenas 47% - 511 profissionais em um universo de 1.096 - dos profissionais brasileiros já iniciaram suas atividades nas unidades básicas de saúde. O balanço, feito com base nas informações prestadas pelas prefeituras ao Ministério da Saúde, foi apresentado na quarta-feira (11) pelo ministro Alexandre Padilha.
Neste período, 127 médicos brasileiros já pediram, diretamente ao Ministério da Saúde, desligamento do programa. Quem não se apresentar até esta quinta-feira (12), entre os demais 458, será excluído do programa e se tornará impedido de uma nova seleção pelos próximos seis meses.
“Este quadro reforça o diagnóstico do drama que vivem os municípios e estados quando fazem uma seleção pública para médicos: nem todos aparecem para começar o seu trabalho. Vamos procurar repor, com brasileiros ou estrangeiros, estas vagas para garantir atendimento aos milhões de brasileiros que esperam ser atendidos”, avaliou Padilha.
portal correio
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