Imagem: Economiabr |
O governo brasileiro deu o prazo de uma semana para que o governo dos EUA esclareça as denúncias de espionagem feitas
pela Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês). A
cobrança pelo monitoramento, que teria atingido até mesmo a presidente Dilma Rousseff e seus principais assessores, foi feita pelo ministro de Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, durantereunião com o embaixador dos EUA no Brasil , Thomas Shannon, na manhã desta segunda-feira.
De acordo com o
ministro, na conversa o embaixador americano comprometeu-se a entrar em
contato ainda nesta segunda-feira com a Casa Branca para comunicar a
exigência do governo brasileiro. O embaixador evitou falar sobre a visita como chefe de Estado que Dilma está prevista para fazer em outubro a Washington. “Não vou tratar da viagem agora”, disse.
A viagem, que
havia sido confirmada pelo Itamaraty e pelo Planalto, está sendo
reavaliada por Dilma, que ficou irritadíssima com as denúncias de que
também foi vítima de monitoramento por parte do governo americano. “O
tipo de reação dependerá do tipo de resposta”, disse o ministro, que
evitou falar sobre as medidas que poderão ser tomadas pelo Brasil. A
denúncia de espionagem foi feita no domingo pela TV Globo com documentos
vazados por Edward Snowden , ex-funcionário de uma prestadora de serviços dos EUA.
A possibilidade
de Dilma ter tido seus contatos monitorados foi a gota d’água em uma
relação que já andava difícil entre os dois países. Na semana passada, o
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, chegou a se reunir com
autoridades americanas para propor um acordo que regulamentasse o acesso
aos dados de pessoas dos dois países em casos de investigação de atos
ilícitos.
Após a reunião
de emergência convocada por Dilma na manhã desta segunda-feira, o
Itamaraty deu início a uma série de conversas com outros países com o
objetivo, segundo o ministro, de buscar uma regulamentação no âmbito
mundial que “proíba a exposição dos dados” de cidadão e de governantes.
Com trechos de Luciana Lima/iG Brasília
Folha politica.org
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