Comércio fechará uma hora antes dos protestos e efetivo da PM é reforçado em João Pessoa
Representantes
do movimento 'João Pessoa, avante', estimam 10 mil manifestantes nas
ruas; OAB-PB anuncia plantão de advogados para apurar excessos de
policiais
Mais
de 10 mil manifestantes estão sendo esperados no protesto que ocorre
nesta quinta-feira (20), em João Pessoa. A Câmara dos Dirigentes
Lojistas da Capital paraibana (CDL) emitiu nesta quarta-feira (19) uma
nota orientando aos comerciantes do Centro para antecipar o fechamento
dos estabelecimentos para as 15h. A concentração do movimento está
marcada para as 16h.
A CDL acredita que o movimento será pacífico,
mas recomenda o fechamento do comércio por "cautela". Apesar disso, a
entidade orienta que os comerciantes devem liberar os comerciários que
queiram se engajar ao movimento.
A Secretaria de Defesa Social e
Segurança Pública do Estado vai monitorar todas as ações através de
câmeras móveis ou instaladas em locais fixos. "No caso de desordem ou
crimes, a Polícia tem também uma estratégia montada", disse o secretário
Cláudio Lima.
A Secretaria de Segurança promete não
reprimir o movimento denominado 'João Pessoa, avante', que tem como
principais organizadores estudantes universitários. O secretário Cláudio
Lima disse que a determinação é garantir uma manifestação de forma
pacífica. A segurança das cidades onde ocorrerão protestos será
reforçada com o deslocamento de tropas de onde não têm manifestações
agendadas. Na Capital todo o efetivo da PM será mobilizado. O
secretário não revela o número de homens que farão a segurança.
Michel
Rodrigues, um dos representantes do movimento 'João Pessoa, avante'
denunciou que nas redes sociais surgiram informações de que facções
criminosas aproveitariam para se infiltrar nos protestos de João Pessoa.
O secretário Claudio Lima de segurança nega essa informação. Os
coordenadores do movimento repetem nas redes sociais apelos para que a
manifestação ocorra de forma pacífica e sem depredação do patrimônio
público.
A convocação do protesto foi feita pelas redes sociais. Numa página do Facebook,
até as 14h, mais de 30,6 mil já haviam confirmado presença no
protesto. O protesto está marcado para as 16h desta quinta (20) com
concentração na frente do Lyceu Paraibano. Os manifestantes irão
marchar para o Parque Solon de Lucena e em seguida seguirão para a
Avenida Epitácio Pessoa.
A previsão de público no evento foi
feito pelo universitários Israel Lucena e Emanuel Reis, que se
intitulam representantes do movimento. Também está previsto um protesto
para Campina Grande, segundo maior cidade da Paraíba, na tarde desta
quinta. Nas cidades de Bayeux, Santa Rita e Cabedelo (região
metropolitana de João Pessoa) também devem ocorrer manifestações. Em
Patos (no Alto sertão), a convocação foi feita para o próximo sábado.
A
Ordem dos Advogados do Brasil na Paraíba (OAB-PB) anunciou um plantão
para atender casos que envolvam excesso de força policial que impeçam o
direito à livre manifestação.
Na terça-feira (18), o prefeito
Luciano Cartaxo (PT) anunciou a redução de R$ 0,10 no preço da tarifa
dos transportes públicos, a partir de 1º de julho. Para isso, a
Prefeitura abriu mão do 'preço público', imposto municipal que incide em
0,5% no valor da passagem. Com a renúncia fiscal, o município calcula
que deixa de arrecadar mensalmente em torno de R$ 100 mil.O prefeito
petista garantiu que a redução no preço da passagem não foi uma
estratégia para tentar esvaziar o movimento agendado para esta quinta.
O
governador Ricardo Coutinho (PSB) reuniu a cúpula da Segurança, que
traçou um plano para acompanhar as manifestações. Ele garante que a
Polícia Militar estará desarmada e elogiou as manifestações que se
espalharam pelo país. “Eu recomendo à Polícia para não usar armas, para
garantir o direito de manifestação de quem quer que seja. Ao mesmo
tempo, tem que proteger o patrimônio público e privado, porque o direito
de um termina quando começa o do próximo”, disse.
Fonte:Portal Correio
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